quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Presidente do Comitê Gestor do IBS é eleito: Flávio César tem muitos desafios pela frente

 

A implementação da Reforma Tributária avança com mais um passo decisivo. Flávio César Mendes de Oliveira foi eleito, em 1º de agosto, o primeiro presidente do Comitê Gestor do IBS – Imposto sobre Bens e Serviços (CGIBS). O atual presidente do Comsefaz e secretário da Fazenda de Mato Grosso do Sul, fica na presidência do Comitê até 31 de dezembro de 2025.

A eleição ocorreu durante a 2ª Reunião do Conselho Superior do Comitê e representa um marco fundamental na transição para o novo modelo tributário brasileiro. 

O que é o Comitê Gestor do IBS e por que essa eleição é importante? 

CGIBS foi criado pela lei complementar PLP 108/2024. É o órgão responsável por comandar a arrecadação, fiscalização, distribuição de receitas e definição das regras operacionais do IBS. Em suma, o novo tributo é parte do IVA Dual e substituirá ICMS e ISS. 

Com arrecadação estimada em mais de R$ 1 trilhão ao ano, o IBS é considerado a espinha dorsal do novo sistema tributário. Portanto, o Comitê Gestor do IBS tem a missão de garantir que essa transformação ocorra de forma equilibrada, transparente e cooperativa entre estados e municípios. 

O mandato de Flávio César vai até 31 de dezembro de 2025, período em que o Comitê estará em fase de estruturação provisória. Ele conduzirá os primeiros atos administrativos e dará início aos testes e definições operacionais do novo tributo. 

Um momento decisivo, presidente já enfrenta grandes desafios e impasses 

Ao agradecer a confiança dos secretários estaduais de Fazenda e assumir oficialmente como presidente do Comitê Gestor do IBS, Flávio César destacou: 

“Recebo essa missão com profunda honra e senso de responsabilidade. A escolha do meu nome, fruto de um consenso entre os secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal, muito me orgulha e, ao mesmo tempo, reforça o compromisso coletivo que temos com o êxito da Reforma Tributária. Esse gesto de confiança é, sem dúvida, reflexo da atuação que venho exercendo à frente do Comsefaz, sempre pautada pelo diálogo, pelo equilíbrio e pelo respeito às instituições”, afirmou. 

A continuidade do processo é essencial para não comprometer o cronograma de implementação da Reforma Tributária e para evitar prejuízos operacionais e financeiros. 

No entanto, a ausência momentânea dos representantes municipais, preocupa entidades e adia a criação oficial do Comitê Gestor, que atua hoje de forma “provisória”, aguardando aprovação do PLP 108/2024. 

A Confederação Nacional de Municípios manifestou-se contra a escolha do presidente em publicação no portal oficial: “Tal instalação representa não apenas uma violação flagrante da Constituição Federal, mas um ataque frontal à autonomia dos Entes Locais brasileiros e ao próprio pacto federativo.”. 

Por outro lado, ao aceitar o posto, Flávio César ressaltou ainda que a espera é um risco para o processo. “Respeitamos as etapas legais e institucionais, mas é preciso dar andamento aos trabalhos, com responsabilidade e serenidade. Nosso norte sempre será a união de esforços em torno de um bem comum: a construção de um sistema tributário mais justo, moderno e eficiente, que respeite a diversidade do nosso país e preserve a autonomia dos entes federativos.” afirmou. 

Análise WK: eleição do presidente do Comitê Gestor é um marco, e traz muitos pontos de atenção 

A instalação do Comitê Gestor e a eleição de seu primeiro presidente sinalizam que a Reforma Tributária está definitivamente em curso, e quem não está olhando para isso ainda está perdendo tempo. 

As empresas devem ficar atentas, não apenas às alíquotas ou mudanças nos tributos, mas a esta nova lógica de negócios que está sendo construída. 

Na WK, seguimos acompanhando cada movimentação da Reforma Tributária, garantindo que o ERP WK Radar esteja pronto para a nova realidade fiscal brasileira. 

Fale com nossos especialistas e entenda como antecipar a adaptação da sua empresa à Reforma Tributária com segurança, automação e inteligência. 

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terça-feira, 29 de julho de 2025

Receita Federal publica os primeiros manuais técnicos da Reforma Tributária sobre o Consumo

 

A Receita Federal do Brasil deu mais um passo concreto rumo à implementação da Reforma Tributária. Foram publicados os primeiros manuais técnicos que operacionalizam a nova sistemática de apuração da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) na Reforma Tributária, marcando o início da fase de testes com empresas voluntárias. 

Os materiais estão disponíveis no portal da Receita Federal e integram então o escopo do Projeto Piloto da Reforma Tributária sobre o Consumo (RTC). A proposta, em suma, é permitir que contribuintes e desenvolvedores conheçam, testem e se adaptem à lógica digital e não cumulativa dos novos tributos. 

Quais materiais foram disponibilizados entre os manuais técnicos da Reforma Tributária?

Entre os documentos divulgados estão: 

  • Manual RTC Empresas – Versão 1 
  • Apuração Assistida – Primeiros Passos – Volume 1 
  • Apuração Assistida – Primeiros Passos – Volume 2 

Esses manuais orientam então a simulação de operações com documentos fiscais eletrônicos (NF-e modelo 55), o uso da calculadora tributária oficial e o funcionamento da Apuração Assistida (AA), ferramenta central do modelo não cumulativo da CBS. 

> Você pode acessar os manuais técnicos da Reforma Tributária do Consumo no site oficial do Governo Federal clicando aqui! 

Apuração Assistida: elemento-chave do novo sistema 

A Apuração Assistida permite, que empresas testem na prática como será a apropriação e utilização de créditos da CBS. Entre as funções disponíveis na plataforma: 

  • Geração e simulação de DARF
  • Acompanhamento de créditos apropriados e saldos em tempo real
  • Confirmação do débito com base em ordem cronológica de compensação; 
  • Relatórios com divergências entre valores declarados e calculados 

RTC Empresas: visão sistêmica e integração 

O Manual RTC também oferece uma visão geral da infraestrutura digital que dará suporte à Reforma, com destaque para: 

  • Simuladores de notas fiscais e pagamentos
  • Uso da Calculadora Tributária (motor oficial de cálculo); 
  • Funcionalidades de split payment, devolução de créditos e arrecadação; 
  • Integração com ERPs via API local 

E o IBS? Também fazem parte dos manuais técnicos da Reforma Tributária?

Por enquanto, os manuais referem-se apenas à CBS, o tributo de competência federal.

Se você acompanha nossos conteúdos, sabe que o IVA Dual é composto pelo conjunto CBS + IBS. 

Ainda está pendente, então, a publicação da lei do PLP 108/2024, que regulamenta o Comitê Gestor do IBS e demais aspectos ligados ao tributo estadual e municipal. 

Ou seja, estamos em uma fase de construção, mas também de preparação ativa, aguardando mais definições por parte das autoridades. 

Análise WK: é hora de estudar, simular e se preparar 

Segundo Graziele França, especialista da WK em Reforma Tributária, “estamos cada vez mais próximos da concretização da Reforma Tributária. Agora é tempo de estudarcompreender a lógica do sistema e garantir assim que os processos e sistemas que a sua empresa utiliza estejam prontos para operar dentro dessa nova realidade”. 

A WK está preparando o WK Radar ativamente para atender as necessidades da Reforma Tributária, começando pelo cálculo, gravação e geração do XML da Nota Fiscal com os campos de IBS e CBS. 

Além disso, a WK disponibiliza uma série de conteúdos técnicos e análises atualizadas sobre os impactos práticos da Reforma, acompanhe! 

Quer entender como sua empresa pode se antecipar aos impactos da CBS e da Reforma Tributária? Fale com nossos especialistas.

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