quarta-feira, 29 de junho de 2016

Custos Padrão: perguntas interessantes, respostas essenciais!


1. O que é “custo padrão” e quais os seus objetivos?

O custo padrão é uma perspectiva de custo de produção, baseada nos custos históricos da empresa (corrigidos pelas tendências do mercado), considerando condições normais de eficiência de mão-de-obra, uso de matéria-prima, máquinas e equipamentos, abastecimento do mercado fornecedor, da demanda do mercado consumidor etc. Seus objetivos específicos são apurar os desvios do realizado em relação ao previsto; identificar as causas dos desvios e adotar as medidas corretivas para não-reincidência de erros ou para melhoria do desempenho.

2. Quais as etapas fundamentais para a implantação e funcionamento do “custo padrão”?

Levantamento de dados, análise; depuração e ajuste dos dados históricos da empresa às tendências do mercado; formatação do pré-projeto; discussão do pré-projeto com as gerências departamentais; elaboração do projeto a ser apresentado à diretoria da empresa; aprovação do projeto pela diretoria; implantação do sistema; acompanhamento (“custo padrão” x “custo real”) e revisões periódicas.

3. Se os “custos históricos” da empresa não oferecerem condições para a realização dos lucros esperados, qual a atitude que os responsáveis pelo sistema de “custo padrão” devem tomar, visando corrigir as distorções?

Ampliar o número de fornecedores, estudar alternativas de substituição de matérias-primas sem que o produto perca qualidade, analisar as condições de compra das matérias primas, analisar a possibilidade de reduzir os prazos de armazenagem dos insumos e rever os processos produtivos.

4. Se nos anos anteriores a empresa usou quantidades desiguais de vários produtos, como deve ser feito o levantamento e análise desses dados para composição do custo padrão?

Primeiro deve-se fazer a separação e padronização das quantidades, tomando-se por parâmetro uma quantidade padrão de comercialização. Por exemplo: tinta, lata de 18 litros; cimento, saco de 50 quilos; tijolos e telhas, milheiro; madeira, metro cúbico ou linear conforme o caso; louça e ferragens de banheiro, unidade, etc. Em seguida, verificar os “custos históricos” e as tendências de preço do mercado fornecedor, encontrando o “custo padrão”. Por último ajustar o “custo padrão”, multiplicando-o pela quantidade que vai ser usada no produto estudado.

5. De que forma o “custo padrão” contribui para a redução dos custos da empresa?

Primeiro porque, paralelamente a implantação do sistema de custo padrão, a empresa cria a “cultura da redução dos custos”, fato que passa a nortear o trabalho de todos os ocupantes de cargos de chefia. Depois porque o próprio sistema estabelece rotinas de otimização de uso de máquinas, de mão-de-obra e de insumos, visando evitar desperdícios. Há, ainda, o fato de que as rotinas de compra exigem consultas a um maior número de fornecedores, de forma a evidenciar e a escolher o menor preço.

6. Pode o “custo padrão” contribuir para o aumento das receitas da empresa?

Sim, pode. Ao reduzir os custos (veja a questão anterior) de seus produtos, a empresa passa a ter condições de também poder reduzir seus preços de venda, de forma a ganhar uma situação melhor de concorrência, o que possibilitará o ganho de uma maior faixa do mercado. Assim, mesmo vendendo por um preço menor, venderá uma quantidade maior e, consequentemente, terá receitas maiores. Esse é o conceito de “economia de escala”: minimização dos custos, maximização da eficiência no uso dos recursos disponíveis (máquinas, mão de obra, capitais, logística, etc), aumento da produção, ganho de mercado e crescimento das vendas e do lucro.

7. Qual a justificativa para que as correções nas planilhas de “custo padrão” sejam realizadas quase sempre por um valor maior do que o custo histórico?

Se o “custo padrão” é um custo estimado, ele deve ser calculado com a maior possibilidade de acerto. Assim, sendo os “custos históricos” obtidos através do levantamento dos gastos médios ocorridos em períodos passados, eles não contêm a totalidade das perspectivas de custos futuros. Essas perspectivas devem levar em conta outros fatores, tais como, a inflação, as tendências de aumentos reais por escassez de insumos, os apontamentos que refletem os prazos e períodos reias de processos produtivos, etc. Esses elementos é que determinam os “custos corrigidos”.

8. Se na formatação do “custo padrão” são considerados apenas os valores corrigidos, qual a importância dos “custos históricos”?

Sendo os “custos históricos” a síntese das medidas de gastos, valor e qualidade de um produto, ocorridos em períodos do passado da empresa, sua importância está justamente em fornecer aos administradores um parâmetro comparativo da evolução do sistema de custeio da organização e gestão de custos dentro das atividades do negócio. São, também, as bases para as correções nas planilhas e matrizes que estabelecem os custos pré-determinados.

9. Por que, quando ocorrem custos menores que os previstos, os responsáveis pelos respectivos setores têm que explicar essas variações?

Todas as divergências entre o “custo padrão” e o “custo real” devem ser explicadas, exceto aquelas que representem valores imateriais. Se a variação for para menos, essa pode evidenciar situações bem diferentes. Se for por erro na elaboração do “custo padrão”, este deve ser corrigido. Se for por uma tendência momentânea do mercado ou uma negociação especial com fornecedores, não há por que alterá-lo.

10. Qual deve ser a atitude da administração da empresa, se os valores de mercado apontam para custos projetados superiores aos valores de venda, considerando que os custos já são os menores e os preços de venda já são os maiores possíveis?

Aqui temos duas soluções possíveis. Se a empresa estiver trabalhando com “capacidade ociosa” (máquinas e equipamentos trabalhando menos do que o que poderiam ser usados), a solução seria aumentar a produção e as vendas. Muito embora houvesse um aumento dos custos variáveis, os custos fixos permaneceriam no mesmo nível, o que resultaria na redução dos custos totais. Outra solução seria se a empresa já tivesse usando máquinas e equipamentos em sua capacidade máxima. Nessa situação, a solução seria redirecionar os recursos para a elaboração de produto ou produtos alternativos.

Fonte: Blog WK Sistemas.

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