Dia 25 de Maio é o Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte. Não é exatamente uma data para ser comemorada, mas que convida a todos os consumidores à reflexão.
A data instituída pela Lei nº 12.325/2010 com o objetivo de mobilizar a sociedade e os poderes públicos para a conscientização e a reflexão sobre a importância do respeito ao contribuinte, nos faz lembrar a importância de equilibrar os dois lados de uma balança, esclarecendo os direitos e os deveres dos contribuintes. Em um dos lados da balança, tem-se o contribuinte com o dever de cumprir suas obrigações tributárias para que o poder público possa, através da arrecadação destes recursos, atender as necessidades da sociedade em termos de saúde, educação, segurança, moradia, trabalho, previdência social, lazer, entre outros. No outro lado, o contribuinte tem o direito de fiscalizar esta arrecadação e acompanhar a aplicação destes recursos. O fato é que, diante desta balança, percebemos o grande desequilíbrio entre os seus lados. É perceptível os gigantescos tributos pagos pela população, e um país 100% carente de investimentos em diversas áreas.
É muito importante que o Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte continue sendo um dia de luta pela redução da carga tributária e a correta aplicação dos impostos, com eficácia e transparência. Neste dia, em todo o país, através de campanhas, divulgações e notícias, muitos consumidores tem a oportunidade de conhecer o real valor dos tributos incidentes sobre os produtos que consomem no seu dia a dia. Não é novidade os valores apresentados causarem grande indignação e a inevitável pergunta sobre o destino de trilhões (isto mesmo, trilhões!) de reais arrecadados. O questionamento é válido uma vez que o país continua com deficiências sérias em áreas básicas, como saúde, segurança, educação, transportes, e assim por diante.
“Fica claro que não há falta de dinheiro, mas ética, compromisso e interesse em administrar algo que deve ser revertido em benefícios para o desenvolvimento do próprio país.” Cândida Inthurn – Marketing WK
A alta carga tributária incidente sobre a atividade econômica do país impacta diariamente na vida de cada consumidor brasileiro. Um dos reflexos é sentido no próprio poder de consumo do cidadão e nas escolhas dos consumidores que, diante de preços altos, tem se ajustado às marcas mais baratas e, por vezes, deixado de consumir muitos produtos e serviços.
Nosso consumo diário está atrelado ao pagamento de impostos. Isto é fato. Quando compramos um pão francês, estamos pagando cerca de 17% de imposto. O nosso tradicional arroz com feijão vem “temperado” com cerca de 34% de imposto, isto sem considerar todos os outros ingredientes para termos o prato completo servido à mesa. Diante de tanto imposto, fazer feijão com um bom pedaço de bacon, linguiça ou carne seca tem se tornado, cada vez mais, um luxo na mesa do brasileiro.
“O problema dos impostos é a não contrapartida, por parte do Estado, dos valores pagos. Acabamos pagando duas vezes por tudo. Pagamos INSS, mas temos que pagar também por um plano de saúde e de previdência privada. Pagamos imposto de renda e escola para os nossos filhos. Se quisermos segurança temos que pagar pelo serviço de vigilância. Pagamos IPVA e, ainda, pedágio. Eu não me importaria de pagar as alíquotas se pudéssemos dispor de educação e assistência médica de qualidade, segurança, transporte público, estradas seguras e bem conservadas, entre outras coisas.” Cláudia Denardi Rutzen – Gestão de Pessoas WK
IMPOSTÔMETRO
Segundo o “Impostômetro” (painel eletrônico que calcula a arrecadação de impostos em tempo real), em 30 de dezembro de 2015, o país alcançou a alarmente marca de R$ 2 trilhões pagos pelos brasileiros em impostos. Este ano, os brasileiros já pagaram mais de R$ 800 bilhões em impostos, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Este número coloca o Brasil como um dos países com as maiores cargas tributárias do mundo.
O Impostômetro completou uma década no ano passado. Durante este período, tem cumprido a missão de conscientizar os contribuintes sobre a alta carga tributária brasileira, incentivando-os a fiscalizar os Governos sobre a aplicação transparente e o retorno sobre estes impostos.
Pelo portal do impostômetro é possível saber o que o Governo pode fazer com o dinheiro arrecadado. Por exemplo, quantas cestas básicas é possível fornecer, quantos postos de saúde podem ser construídos, etc. No portal também é possível levantar os valores que as populações de cada estado e município brasileiro pagaram em tributos. Vale a pena conferir!
Fonte: Blog WK Sistemas.
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