quarta-feira, 17 de maio de 2017

Indicadores financeiros para indústrias: quais são e como gerenciá-los

Entender como anda a saúde financeira da sua indústria é imprescindível para garantir o bom funcionamento e o ritmo de crescimento dos negócios. Para ter esse conhecimento, existem medidas que mostram aos gestores o desempenho obtido ao longo do ano, sendo essenciais para que as finanças mantenham-se em dia. Mas você sabe quais são os indicadores financeiros para indústrias e como gerenciá-los? Isso é o que nós vamos explicar neste artigo.
Embora as equipes financeiras já estejam familiarizadas com alguns índices, como o lucro trimestral, os preços de ações e a poupança, algumas medidas que impactam de forma significativa nos resultados financeiros são deixadas em segundo plano ou nem são utilizadas, como é o caso do custo de qualidade (COQ) e do retorno sobre o investimento (ROI). Essas medidas são fundamentais tanto para avaliar a situação real da indústria e das ações em andamento quanto para provar que o negócio consegue manter propostas competitivas, proporcionando mais confiança nas negociações.
Sem esses índices, os empreendedores não têm uma análise realmente eficaz da situação da indústria, o que dificulta a tomada de decisões e a aquisição de recursos para investimentos, caso necessário. Afinal, como saber se o negócio é realmente viável e o que realmente dá resultado sem uma análise precisa dos dados? Tenha sempre em mente que essas informações financeiras são a base de sustentação da sua indústria, permitindo verificar o passado para fazer uma projeção do futuro.

Os principais indicadores financeiros para indústrias

Para ajudá-lo a entender melhor esse assunto, confira os principais indicadores financeiros aos quais sua indústria deve estar atenta para garantir um boa gestão do negócio.

Custo de qualidade (COQ)

Oferecer produtos de qualidade é indispensável na realidade de qualquer indústria, você sabe. Afinal, as pessoas estão cada vez mais exigentes e a concorrência, cada vez maior. Mas para conseguir um portfólio que atenda a todos os requisitos do mercado, sendo inovador, acessível, duradouro e realmente útil, é preciso que a indústria realize investimentos. O custo de qualidade, como o próprio nome sugere, visa medir exatamente a qualidade do que a indústria oferece, estando, por isso mesmo, diretamente relacionado à satisfação dos consumidores.
Para exemplificar, imagine que uma indústria de produtos eletrônicos deseja aperfeiçoar os smartphones que produz, de modo que os aparelhos sejam mais leves, rápidos e resistentes. É necessário, então, contratar especialistas, procurar materiais diferenciados para produzir as peças, aplicar testes e assim por diante. Cada uma dessas etapas demanda gastos, garantindo que o produto final atenda aos requisitos e satisfaça os clientes. É justamente isso que o custo de qualidade vai medir. É importante destacar que, quanto maior for esse índice, menor será o custo de má qualidade, explicado no tópico seguinte.

Custo de má qualidade (COPQ)

Por mais que se tenha todo o cuidado com a produção, é possível que ocorram falhas, resultando em produtos defeituosos. O resultado disso é que a empresa precisa arcar com novos gastos, que envolvem desde o retrabalho até as devoluções, o que influencia de forma negativa nas finanças. Dessa forma, o custo de má qualidade mostra o quanto esses defeitos impactam no orçamento da organização. Essas informações são de extrema relevância, pois mostram se a indústria está ou não sendo sustentável, exigindo, neste último caso, alguma atitude para melhorar a qualidade do que é oferecido. Esse custo é baseado em quatro fatores:
  • Custo de desempenho: relacionado a uma produção livre de erros, dispensando a necessidade de ser refeita.
  • Custo de refazer ou fracassar: referente ao trabalho que precisou de reparo, retrabalho e correções. Aqui também estão inclusos os serviços de troca ou ressarcimento ao cliente.
  • Custo de detecção: valor investido na detecção de problemas de qualidade, como inspeção e contratação de profissionais para desempenhar essa atividade.
  • Custo de prevenção: gasto necessário para a identificação de problemas com a qualidade antes que o produto vá para a fase de controle de qualidade. Ele é reduzido quando um colaborador consegue identificar os próprios erros no trabalho, por exemplo.

Retorno sobre investimento (ROI)

O retorno sobre investimento analisa quais são os resultados que um projeto está proporcionando, considerando o valor que foi investido e o que se obteve de lucro com ele. Apresentado em forma de porcentagem, esse indicador mostra, portanto, o que a indústria está ganhando ou perdendo com determinada produção. Assim, é possível avaliar se o projeto está dando os resultados esperados e se vale a pena mantê-lo, por exemplo.
Para calculá-lo é preciso subtrair o valor do investimento realizado do lucro obtido e dividir o resultado pelo valor do investimento. Isso vai dar a porcentagem do ROI. Para ilustrar, vamos supor que uma confecção comprou dez máquinas de costura industriais que têm um acabamento mais preciso. O total do investimento foi de R$ 16 mil e, após um mês, proporcionou um retorno de R$ 50 mil. O ROI será, então, 2,12%, resultado de: (50.000-16.000)/16.000.

Valor presente líquido (VPL)

De forma simplificada, o valor presente líquido indica, hoje, quanto valeriam os pagamentos futuros somados ao investimento inicial. Assim, é preciso considerar a inflação para determinar a mudança de valor da moeda durante o período em análise. Em relação às finanças, o VPL é fundamental para a análise do orçamento de capitais, ou seja, para prever os resultados de investimentos em longo prazo. Para calcular esse índice, é preciso dividir todos os fluxos de caixa pela taxa de desconto elevada ao respectivo período (pois os juros são compostos) e somar os resultados obtidos.
Complicou? Calma, pois preparamos a equação para você conseguir entendê-la melhor:
Lembrando que a taxa de desconto representa o custo que o dinheiro teria em fontes seguras, sendo normalmente utilizada a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), taxa básica de juros da economia brasileira. Com esse método, um projeto de potencial investimento apenas deve ser levado adiante se a subtração do valor atual de todas as entradas de caixa for maior que zero.
É exatamente essa diferença que representa o valor presente líquido. Mas você deve estar se perguntando por que o VPL deve ser maior que zero, não é verdade? Bom, se for igual, significa que o investimento será indiferente para seu negócio, pois não haverá ganhos significativos. E, se for menor, ele não será economicamente atrativo, já que o retorno sequer compensará o investimento.
Com essas informações você vai conseguir um controle mais eficaz na gestão financeira da sua indústria, garantindo sempre um crescimento sustentável. Por isso, fique atento e acrescente já o cálculo desses índices financeiros nos seus relatórios. E, claro, não se esqueça de que contar com um bom software ERP facilita todos os processos, pois as informações ficam centralizadas e ajudam, assim, a manter todo o controle.
ERP Radar Empresarial, da WK Sistemas, por exemplo, oferece completo controle financeiro com automação das principais atividades diárias, fornecendo de forma simples e ágil consultas e análises gerenciais em tempo real. Tudo isso em uma interface amigável e intuitiva e sem a exigência de um alto investimento em infraestrutura de TI. Quer conhecer melhor a solução? Entre em contato com nossa equipe e descubra como podemos ajudá-lo no crescimento da sua indústria!
Fonte: Blog WK Sistemas

Nenhum comentário: