Falar em combate à corrupção está na moda, o problema é estar preparado para enfrentá-la da maneira correta. Na iniciativa privada, uma das atividades usadas para evitar esse crime é a governança corporativa. No entanto, estabelecer tal prática não é exclusividade das empresas. Implantar a governança no terceiro setor, além de uma ação preventiva, traz ainda mais confiabilidade às instituições sem fins lucrativos.
Mas se a governança corporativa tem a finalidade de aumentar o valor da empresa, facilitar seu acesso ao capital e contribuir com a perenidade do negócio, como implantar algo assim em uma entidade que não visa o lucro? É justamente para isso que fizemos esse texto. Aqui, vamos mostrar que essa prática é totalmente adaptável ao terceiro setor.
Conceito de governança no terceiro setor
Antes de partirmos para o que é a governança no terceiro setor, vamos relembrar o que significam os dois conceitos de maneira separada:
- Governança corporativa: é a prática pela qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. As boas práticas de governança têm a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo de uma organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão, sua longevidade e o bem comum.
- Terceiro setor: é o conjunto de organizações que operam sem quaisquer fins lucrativos e que impulsionam atividades de defesa e promoção dos direitos fundamentais ou prestam serviços de interesse público. Elas atuam, normalmente, nas áreas ambiental, social e cultural, desenvolvendo trabalhos de grande impacto e relevância para a sociedade.
Unindo esses dois conceitos e aplicando-os às instituições sem fins lucrativos, podemos dizer, então, que a governança no terceiro setor é um conjunto de ações cujo objetivo é possibilitar que cada entidade reflita sobre as funções sociais que desempenham.
De forma prática, ela vai trabalhar com o propósito de desenvolver atividades que são essenciais ao setor, como a prestação de serviços, e de oferecer um ambiente de empreendedorismo social que agregue valor à comunidade.
De forma prática, ela vai trabalhar com o propósito de desenvolver atividades que são essenciais ao setor, como a prestação de serviços, e de oferecer um ambiente de empreendedorismo social que agregue valor à comunidade.
A principal diferença entre a governança corporativa e a do terceiro setor é que na segunda não há sócios e proprietários para receber os benefícios econômicos, mas sim uma causa ou um grupo de pessoas necessitadas, tornando a prática ainda mais importante e colocando mais responsabilidade sobre os responsáveis pelas instituições.
Como implantar a governança no terceiro setor
Por mais que o objetivo não seja o lucro, as instituições sem fins lucrativos ainda precisam lidar com dinheiro, certo? É justamente aqui que entra a governança e seus princípios básicos, como transparência e prestação de contas. Assim como uma empresa privada aumenta seu valor e seus lucros, as entidades do terceiro setor que adotam boas práticas de governança conseguem aumentar seu valor social, angariar mais recursos (doações) e garantir a continuidade do trabalho.
Isso porque essas práticas contribuem no processo de gerenciamento financeiro e administrativo e na organização estrutural interna das instituições, corrigindo desvios e prevenindo fraudes. Veja quais são esses princípios básicos e como eles podem ser aplicados no terceiro setor:
Princípios básicos da governança aplicados ao terceiro setor
- Transparência: É disponibilizar para as partes interessadas (doadores públicos e privados e a sociedade em geral) as informações que sejam de interesse e não apenas aquelas impostas pela legislação. Então, além dos resultados numéricos, é importante apresentar o que é intangível.
- Por exemplo, além de relatar a quantidade de kits escolares entregues ou as horas de atividades no contraturno escolar, também mostrar que ocorreram mudanças sociais decorrentes dessas ações, como a redução da criminalidade ou o aumento da frequência escolar.
- Equidade: Garantir que todas as pessoas sejam tratadas de forma igual, independentemente da sua situação, levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas.
- Prestação de contas: É imprescindível que o responsável pela governança preste contas da atuação da entidade. É preciso apresentar tudo o que foi feito de modo claro, conciso e compreensível tanto aos doadores diretos quanto à sociedade.
- Responsabilidade social e econômica: Os responsáveis pela governança devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das instituições, cuidando dos recursos de maneira ética, lembrando sempre que se trata de um trabalho em benefício do próximo.
Implantar a governança no terceiro setor não é algo complexo. Esse trabalho exige, sim, a dedicação dos gestores das entidades para organizar as informações necessárias e agir conforme os princípios básicos. Um bom começo é estabelecer estratégias de comunicação e programas de treinamento com a finalidade de disseminar esse novo modo de agir a todos os envolvidos com as atividades da instituição.
A partir daí, é buscar uma continuidade dos processos para que os princípios básicos não sejam esquecidos e possam agregar ainda mais valor às entidades do terceiro setor.
ERP: a ferramenta ideal para auxiliar o terceiro setor com a governança
Um software de gestão integrada, como o ERP, é a ferramenta ideal para as organizações sem fins lucrativos atenderem o que pregam os princípios básicos, especialmente a transparência e a prestação de contas. Aqui na WK, oferecemos o ERP Radar Empresarial, que tem funcionalidades específicas para o terceiro setor, pois conta com recursos para uso em diversas áreas e tipos de controles, de forma segura e confiável.
FONTE:BLOG WK SISTEMAS
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