Combate efetivo aos desperdícios

Se por um lado a palavra “desperdício” remete à perdas, prejuízos e danos às empresas, por outro, o seu combate efetivo, tem trazido grandes resultados em termos de redução de custos operacionais, ganho de produtividade e aumento de lucratividade para todas aquelas que decidiram melhorar sua performance corporativa investindo na gestão estratégica da qualidade.
A gestão estratégica da qualidade envolve metodologias, atributos e requisitos que podem ser aplicados sobre produtos, serviços, processos, infraestrutura, segurança, organização, limpeza e, qualquer outro aspecto definido pela própria empresa. Desta forma, torna-se possível identificar desperdícios das mais variadas origens, combatendo-os de maneira eficaz.
Dentre os inúmeros desperdícios encontrados nas empresas, tem-se alguns mais comuns:
- Superprodução: produção acima da quantidade demandada pelo mercado acarretando, em primeira instância, custos com estoque. A superprodução requer uma melhor gestão da produção, com planejamento mais rigoroso e detalhado das quantidades a serem produzidas.
- Transporte: movimentação desnecessária ou ineficiente de produtos, materiais, insumos, matérias-primas, seja interna e/ou externa à empresa. É imprescindível que a planta da empresa esteja adequada e sua estrutura física propicie o mínimo de deslocamentos possível.
- Processamento: atividades desnecessárias para que o produto adquira determinadas características durante seu processo de transformação (ex.: retirada de rebarbas em itens plásticos, sendo que o ajuste no molde poderia resolver este problema).
- Defeitos: produção de itens defeituosos, isto é, que não atendem as especificações de qualidade estabelecidas no início do processo. Diante de itens defeituosos resta a opção de descarte e, dependendo do caso, a possibilidade de reprocesso. É imprescindível que a empresa busque sempre atingir 100% o nível de qualidade proposto. Para isto, deve investir em máquinas, equipamentos e tecnologia, qualificar fornecedores, utilizar um software de gestão da qualidade, capacitar sua equipe, entre outros.
- Movimentação: etapas desnecessárias e inúteis no processo que, ao ser melhor planejado, podem ser simplificadas ou até mesmo eliminadas por completo. Muitas vezes estas movimentações, sejam de maquinários, equipamentos e/ou pessoas, documentos que percorrem a mesma área mais de uma vez e pessoas posicionadas em um leiaute inadequado, com obstáculos (ex.: hidrantes, fios/cabos entrecruzados, etc) executando atividades repetitivas tornam a operação da empresa muito mais lenta e, consequentemente, ainda mais onerosa.
- Ociosidade: tempo em que trabalhadores e/ou máquinas estão parados seja por falhas no processo produtivo (ex.: falta de matéria-prima para continuar a produção, negligência na manutenção preventiva, etc), falta de sincronização entre as áreas, necessidade de regulagem de maquinário e/ou configuração de equipamentos, carga e/ou descarga de caminhões, etc.
- Estoque: gestão de estoque ineficiente, feita a lápis e papel, acarretando um estoque com quantidades muito abaixo ou acima das demandas do mercado, e custos elevados com armazenamento/estocagem (estrutura, aluguel, climatização, seguro, etc), não atendimento das necessidades do cliente, entre outros.
Todas as ações de combate efetivo ao desperdício fazem parte de algo muito maior chamado Gestão da Qualidade.
A Gestão da Qualidade envolve atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização permitindo a melhoria de seus produtos e serviços a fim de garantir a satisfação dos clientes sobre o que está sendo oferecido.
É importante que cada empresa, através da Gestão da Qualidade, consiga criar estratégias, métricas e indicadores próprios de acordo com o seu perfil a fim de minimizar seus índices de desperdício. Uma vez fazendo isto, o caminho para a melhoria da produtividade fica mais fácil de ser percorrido. A consequência, com certeza, será percebida no aumento da lucratividade da empresa.
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