sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Importância da Contabilidade na Gestão do Terceiro Setor

Cada vez mais as entidades do terceiro setor tem se profissionalizado e aderido aos princípios de governança. A Contabilidade é parte importante disso.
Cada vez mais as entidades do terceiro setor tem se profissionalizado e aderido aos princípios de governança.
Como já mencionei em artigos anteriores, apesar das entidades do terceiro setor estarem em sua maioria imunes/isentas de tributação, isso não as torna livres do cumprimento de obrigações acessórias.
Muitas das vezes, a depender de sua área de atuação, essas entidades tem até mesmo mais obrigações e são mais fiscalizadas que empresas privadas.
A maioria dessas obrigações são cumpridas com o apoio do setor de contabilidade da entidade.
Mas não somente pelas obrigações acessórias deve ser lembrada a contabilidade.
A parte do cumprimento das obrigações acessórias, a contabilidade pode fornecer a administração valiosas ferramentas para auxiliá-la na tomada de decisões.
Um exemplo disso é a escrituração contábil e seus respectivos demonstrativos derivados.
Muitas das vezes a apresentação dos demonstrativos contábeis é encarada apenas como formalidade burocrática a ser cumprida por força de estatuto, por exigência da Receita Federal ou Ministério Público.
Mas será apenas isso?
Este breve artigo apresenta algumas das possibilidades/utilidades que a contabilidade pode fornecer à gestão da entidade, com base em alguns de seus demonstrativos/relatórios.
Balancete
O balancete é um relatório contábil que pode ser emitido a qualquer período do ano podendo abranger o movimento de um único mês ou de um período maior ou menor.
No balancete são apresentados além dos dados de saldos de contas bancárias e ativos imobilizado, também a posição provisória de resultado das atividades.
São demonstradas por exemplo as receitas e despesas da entidade.
Por meio da análise do balancete, o gestor tem condições de verificar o desempenho da entidade antes do fechamento do balanço anual, podendo se for o caso, tomar medidas emergenciais para reverter um deficit, por exemplo.
Também pode-se verificar se o planejamento/orçamento efetuado para o ano corrente está seguindo os parâmetros idealizados.
Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC)
O termo caixa, refere-se aos numerários  mantidos em espécie, depositados em bancos ou aplicados a curto prazo.  
Através do DFC o gestor poderá observar de forma clara os efeitos financeiros das atividades da entidade.
Esse relatório apresenta como a entidade gera e utiliza seu caixa e equivalentes. Por meio dele pode-se observar se a entidade está tendo dificuldades na geração de caixa, por exemplo.
Demonstrativo do Resultado do Período/Exercício (DRE/DRP)
O DRE/DRP sintetiza o resultado da entidade em um determinado período. O DRE/DRP é emitido por ocasião do fechamento do balanço e abrange em geral o período de um ano (pra quem efetua fechamento de balanço anual).
Apresenta as receitas e despesas da entidade de forma categorizada e mais sintética do que no balancete.
Balanço Patrimonial
Costuma ser o demonstrativo contábil mais conhecido. Apresenta de forma geral a situação patrimonial e financeira da entidade em uma determinada data. Geralmente reflete o ocorrido no período de um ano. Podem ser observadas de forma geral a saúde econômico/financeira da entidade. Apresenta a posição dos ativos e passivos da entidade, propiciando diversas análises relacionadas.
Então gestor, agora que já sabe de algumas das utilidades práticas da contabilidade, que tal analisar mais profundamente seus demonstrativos contábeis? Convide seu contador(a) para uma conversa mais detalhada e verás quantas possibilidades ainda existem além das mencionadas.
                                                                             FONTE: JORNAL CONTABIL

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